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Mostrando postagens de agosto, 2020

Nota de retificação: Mohamed e os ícones da Kaaba

  Em meu texto “Em defesa dos ícones: resposta a Pedro Gaião”, eu fiz o seguinte comentário sobre uma passagem do profeta mussulmano Mohamed: ( https://guecult.blogspot.com/2020/08/em-defesa-dos-icones-resposta-pedro.html ) “ Mesmo o mais famoso aniconista da história, Mohamed, o profeta do islão, reconheceu isso em certo momento. Quando as tropas de Mohamed conquistaram Meca, ele entrou na Caaba, templo ecumenico pagão onde várias religiões se faziam presentes com suas representações sagradas, e mandou seus subordinados apagarem todos os ídolos ali presentes. Contudo, ele titubeou diante de alguns ícones, aqueles que retratavam a Santíssima Virgem Maria, Nosso Senhor Jesus Cristo e Abraão 1 , tidos como profetas do islão, e mesmo ele não foi capaz de mandar apagar aqueles ícones tão sagrados. Em um conflito entre a devoção sincera e sua repulsa aos ícones, ele não ousou negar que havia ali algo de sagrado”. Para escrever essa minha passagem, eu me baseei no seguinte Hadith (regis

Em defesa dos ícones: resposta a Pedro Gaião

Por Mariano de Arcos Faz algumas semanas que tomei ciência da figura do apologeta anticatólico Pedro Gaião, que vem se engajando em diversas polêmicas religiosas para promover ataques a Igreja, especialmente na questão dos ícones. Não é inteiramente incomum que esse tipo de polêmica seja levantada por protestantes, acredito que o primeiro protestante a levantar esse tipo de questão foi um dos pais fundadores do protestantismo, João Calvino, que no século XVI escreveu suas famosas Institutas para o Rei da França. É visível que os argumentos do sr. Gaião convergem com os de Calvino em quase tudo, não sendo nenhuma novidade para os católicos bem instruídos sobre a polêmica, mas é algo um tanto diferente do que o pobre debate religioso Brasileiro está acostumado a tratar, já que lida com fontes que vão além do debate bíblico e tangem também o registro histórico patrístico. Admito que faço esse texto um tanto a contragosto. Honestamente, a questão das imagens sempre me pareceu

Aborto e liberdade

Por Mariano de Arcos Alguns dizem que aborto é uma questão de liberdade e um direito de escolha, mas a realidade é muito mais obscura que isso. Desconsiderando por completo o argumento mais forte contra o aborto, a defesa da vida e dignidade humana da criança abortada, temos também fortes razões para questionar a legalização como um passo na direção de maior liberdade para as mulheres. Verdade seja dita, o aborto não acontece apenas com uma mulher feminista e empoderada matando seu filho porque o corpo é seu, mas na maioria dos casos é consequência de forte pressão social. Nos Estados Unidos, onde o aborto é legal desde os anos 70 graças a um golpe da Suprema Corte na decisão Roe vs. Wade, foi constatado que em 64% dos casos a mulher foi pressionada a realizar o aborto e as clínicas de aborto tem o hábito de fazer vistas grossas em nome do dinheiro para a pressão externa. Em fato, chega-se a pontuar que em 71% dos casos o pai da criança é aquele que menos deseja que ela ve