Por
Mariano de Arcos
Alguns dizem que aborto é uma questão de liberdade e um direito de escolha, mas a realidade é muito mais obscura que isso. Desconsiderando por completo o argumento mais forte contra o aborto, a defesa da vida e dignidade humana da criança abortada, temos também fortes razões para questionar a legalização como um passo na direção de maior liberdade para as mulheres. Verdade seja dita, o aborto não acontece apenas com uma mulher feminista e empoderada matando seu filho porque o corpo é seu, mas na maioria dos casos é consequência de forte pressão social.
Nos Estados Unidos, onde o aborto é legal desde os anos 70 graças a um golpe da Suprema Corte na decisão Roe vs. Wade, foi constatado que em 64% dos casos a mulher foi pressionada a realizar o aborto e as clínicas de aborto tem o hábito de fazer vistas grossas em nome do dinheiro para a pressão externa. Em fato, chega-se a pontuar que em 71% dos casos o pai da criança é aquele que menos deseja que ela venha a nascer.
Na propaganda, é tudo muito lindo, você é empoderada e vai se livrar de um grande problema ao matar seu filho, mas na prática você é humilhada pelo verme do seu parceiro e de seus familiares até que não exista nenhuma alternativa que não seja assassinar a própria prole.
Tive a oportunidade de testemunhar um caso desses com meus próprios olhos. Uma amiga minha tinha uma vida sexual ativa com seu namorado e, um dia, resolveu suspendeu seu consumo de anticoncepcionais. Engravidou. Após contar para sua família e o pai da criança sobre sua gravidez, todos ficaram desesperados e começaram a ataca-la. O namorado a culpava e tentava arranjar mil subterfurgios para dizer que o filho não era dele, já a família passou a ameaçar expulsa-la de casa se ela não abortasse. A sorte dela e da criança é que eu estava por perto neste momento, conversei com ela e prometi que, caso ela fosse expulsa, daria para teto e comida.
No fim, isso nem sequer foi necessário. Após todo o desespero, tanto a família quanto o pai da criança reavaliaram suas condutas e hoje a criança já está toda crescidinha, deve ter uns 4 ou 5 anos, sendo amada por todos, inclusive os que mais lutaram pela sua morte. A vida de minha amiga mudou irremediavelmente e muitas privações aconteceram, mas até hoje ela sente que essa foi a decisão acertada. Com um minimo de amparo psicológico, uma tragédia transformou-se em alegria!
Não se enganem com a propaganda da morte, tenham amor ao próximo e principalmente dos indefesos!
Referência:
Induced abortion and traumatic stress: A preliminary comparison of American and Russian women. Rue VM, Coleman PK, Rue JJ, Reardon DC. Med Sci Monit, 2004 10(10): SR5-16.
MATERIAL/METHODS: Retrospective data were collected using the Institute for Pregnancy Loss Questionnaire (IPLQ) and the Traumatic Stress Institute's (TSI) Belief Scale administered at health care facilities to 548 women (331 Russian and 217 American) who had experienced one or more abortions, but no other pregnancy losses.
Notes relative to pressure and decision making: From Table 4: 64.0% of American women felt pressured by others to agree to an abortion. 17.7% desired the pregnancy and 11.6% were ambivalent. 39.3% felt emotionally close or attached to the pregnancy, 36% were uncertain, and only 24.8% said there was no attachment. 71.2% report the pregnancy was not wanted by their male partner. 51.2% said they did not have enough time to make their decisions. 50.7% believed abortion was morally wrong and were acting against their conscience. Only 17.5% reported they were given adequate alternatives counseling
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