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Entendendo o Papa Francisco

 


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Em defesa dos ícones: resposta a Pedro Gaião

Por Mariano de Arcos Faz algumas semanas que tomei ciência da figura do apologeta anticatólico Pedro Gaião, que vem se engajando em diversas polêmicas religiosas para promover ataques a Igreja, especialmente na questão dos ícones. Não é inteiramente incomum que esse tipo de polêmica seja levantada por protestantes, acredito que o primeiro protestante a levantar esse tipo de questão foi um dos pais fundadores do protestantismo, João Calvino, que no século XVI escreveu suas famosas Institutas para o Rei da França. É visível que os argumentos do sr. Gaião convergem com os de Calvino em quase tudo, não sendo nenhuma novidade para os católicos bem instruídos sobre a polêmica, mas é algo um tanto diferente do que o pobre debate religioso Brasileiro está acostumado a tratar, já que lida com fontes que vão além do debate bíblico e tangem também o registro histórico patrístico. Admito que faço esse texto um tanto a contragosto. Honestamente, a questão das imagens sempre me pareceu ...

Olavo de Carvalho é um inimigo da fé católica?

1) Olavo de Carvalho defende o liberalismo, sendo assim, é um inimigo da Doutrina Social da Igreja I - Liberal? “Embora uma economia de mercado seja claramente menos opressiva para os cidadãos do que uma economia socialista, a liberdade para o mercado não garante automaticamente liberdade para as consciências. Na medida em que der por implícita e automática uma conexão que, ao contrário, só pode ser criada mediante um esforço consciente, o neoliberalismo se omitirá de cumprir o papel que se propõe, de abrir o caminho para uma sociedade mais livre por meio da economia livre: se uma opção econômica se torna o critério predominante se não único a determinar os rumos da vida coletiva, o resultado fatal é que os meios se tornam fins. E o mercado tem um potencial escravizador tão grande e perigoso quanto o do Estado. ... Mais sábio seria – e tenho de dizer isto, pois no Brasil não se pode descrever um estado de coisas sem que a platéia ansiosa nos cobre uma definição sobre o que fazer – que...

Simbolismo e Bíblia na visão de Mathieu Pageau

  Para entender o simbolismo de uma perspectiva espiritual, a realidade factual deve sempre ser interpretada como uma expressão da verdade metafísica. Assim, sempre se deve olhar além da dicotomia das interpretações literais versus figurativas ao ler a Bíblia. Como demonstrado ao longo deste comentário, um passo importante para substituir uma interpretação figurativa por uma simbólica é redescobrir o vocabulário de uma “linguagem da criação” arcaica. Caso contrário, supor que uma interpretação literal seja simplesmente ingênua, porque não existe um mapeamento individual entre os conceitos modernos e seus colegas antigos. Por exemplo, conceitos fundamentais como espaço, tempo, matéria, luz e água não se referem às mesmas realidades que suas versões materiais. Além disso, essas discrepâncias se estendem a todos os conceitos da Bíblia, de modo que qualquer alegação ingênua de interpretação deve ser tratada com cautela. Dada uma compreensão adequada dos antigos conceitos cosmológicos...